Esta é uma série de posts que mostrarão o lado esquecido (e não sombio) de alguns dos artistas mais aguardados do evento. Números músicais que eles não fazem mais (infelizmente!) ou mesmo apresentações ocasionais que deveriam se tornar constantes. Em suma, mostrarei aquilo pelo que você, caro leitor, NÃO deve esperar deste Rock In Rio (a não ser que um milagre aconteca e a Santidade interceda pelo bem dos seus ouvidos)!
Divirta-se!
Hoje, iremos rever alguns números musicais do Lenny Kravitz, atração confirmada para a Sexta-Feira, dia 30/set/2011. Clique no link ao fim da postagem e continue ouvindo.
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Mas, antes disso, se você curte Top 5, que tal ouvir um Top 5 especial de uma canção de r&b: People Get Ready?
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Ou então aproveite para ver a Parte 1 da série "O Que O Rock In Rio NÃO Trará”!
Lenny tornou-se um fenômeno rapidamente: explodiu nas paradas de sucesso já no seu segundo disco! Seu jeitão swingado, com algumas levadas de black music, aliado a uma guitarra aqui e acolá, alguns falsetes e voilá: músico da hora! Bom, acontece que tem mais coisas interessantes nele do que os hits obrigatórios dos shows atuais.
Primeiro: você sabia que ele fez uma música em homenagem à sua mãe e quem tocou guitarra nela foi o Slash? Pois é: ainda se percebe um jeitão disco ao fundo, na batida, e o refrão pegajoso já se mostrava uma marca registrada nesta pérola do seu segundo disco!
“Always on the Run” (feat. Slash)
Agora, do primeiríssimo álbum, duas pérolas: “Mr. Cab Driver” e “…”. A primeira é curiosíssima já pelo título. Porém, algumas características retrô abundam e encantam ao longo dela: o pedido de silêncio para se ouvir a “cozinha” da música (ou seja, as linhas de baixo e bateria, que não fazem feio, mas estão longe de ser virtuosas). Aliás, falando em virtuosismo, dá uma checada no solo de guitarra lá pelos 3:00 da música! Um detalhe: o próprio Lenny Kravitz toca todos os instrumentos desse disco! Okay?
“Mr. Cab Driver”
A outra pérola do disco é a “Freedom Train”. O motivo é simples: escute o riff da guitarra. Kravitz juntou-se, ao longo da sua carreira, a diversos músicos de estilos variados do(s) seu(s), como Curtis Mayfield e Sean Lennon, pagando seu tributo aos ídolos. Nesta música, o tributo é a distorção vocal, cuja dicção assemelha-se a sons de guitarra. A levada meio funk, meio psicodélica não esconde a aura hendrixiana que envolve a composição. Vale a pena!
“Freedom Song”
Dois anos depois de lançar seu segundo disco e alcançar o Top 40 com o álbum e o 2o. lugar no Top 100 da Billboard com o megaclássico “It Ain't Over 'Til It's Over”, Kravitz juntou-se ao Mick Jagger no disco solo do vocalista para a regravação especialíssima deste clássico soul do Bill Withers: “Use Me.” Não digo mais nada: escute isto!
“Use Me”
Pois é: você sabia que o Kravitz fez uma cover do Kiss? Então, em 1994, ele participou do disco-tributo intitulado “KISS My Ass” (nome interessante, não?). Tocando “Deuce”, Lenny contou com a ajuda de um outro músico que veio a esta edição do Rock In Rio e sobre o qual já falamos: Stevie Wonder, que fez o backing vocal e tocou gaita!!
“Deuce (Kiss Cover feat. Stevie Wonder)”
A próxima e última pérola é do seu terceiro disco, que alcançou o 12o. lugar nos tops: “Are You Gonna Go My Way?”, cuja faixa título ele tocou no MTV Awards em 1993, ao lado de ninguém mais ninguém menos que John Paul Jones, multi-instrumentista famoso por empunhar o baixo na extinta Led Zeppelin!!! A versão é digna de seus ouvidos, caríssimo amigo fã de música! O riff é matador, o peso da guitarra é pesado como chumbo e a música te faz flutuar como se estivesse num zeppelin, meu caro…