BLOGGER TEMPLATES AND TWITTER BACKGROUNDS

sábado, 14 de maio de 2011

Top 5 Especial: Homenagem a Bob Marley

Bob_Marley_top_5_oucaisto.blogspot.comConforme eu disse ontem, no primeiro post sobre Bob Marley, é um completo absurdo que a música dele esteja perdendo força, esteja sendo, enfim, esquecida lá na Jamaica. Tentei provar na micro-análise, na “twit-análise”, de cinco de seus clássicos o motivo pelo qual ele deveria continuar vivo nos aparelhos de som, digitais ou não, mundo afora, e principalmente lá em Trenchtown e além.

Bom, como o mundo cultural age de formas oblíquas, muitos músicos fizeram homenagem ao rei do reggae ao longo dos anos, desde o início da década de 70 até hoje em dia (seu próprio filho é um exemplo de homenagem, podemos pensar). De tudo isso, separo abaixo as cinco mais interessantes versões de clássicos do jamaicano; cinco covers que fizeram sucesso (ou que deveriam tê-lo feito?) e jogaram seu nome ainda mais alto.

Importante ressaltar que apenas artistas de fora do mundo do reggae tiveram espaço nesta lista, não por questões preconceituais, apenas para mostrar o quão forte é a música do Bob Marley, mesmo quando fora de seu “habitat”. Smiley piscando

Se você se interessar por Top 5, dê uma olhada em outro Top 5 de homenagem: covers de Blue Rondo à La Turk, de Dave Brubeck. Continue ouvindo e encante-se com outras visões sobre a obra de Bob Marley!

5: Dave Matthews – Three Little Birds

Dave Matthews pode ser chamado de liquidificador cultural. O cara leva a sério essa ideia de incorporar uma música a outra, criando um terceiro (ou quarto ou quinto) produto novo. A forma de fazê-lo é igualmente original: brincando com os sons originais, ele “arranja” a versão e a junta com músicas suas, como fez com outra música do Marley “Stir It Up”, ou simplesmente recria as músicas, como “All along The Watchtower” que acabou virando uma marca sua – em igual força a “With a Little Help From My Friends” na versão Joe Cocker. De qualquer forma, suas fontes inspiradoras são variadas e sempre são respeitadas em sua integridade, pois sua característica principal, seu elemento matriz, é mantido, embora acabe parindo mais um bebê. No caso abaixo, ele abre nosso Top 5 Especial mantendo a base reggae e incentivando a plateia a entoar o refrão que virou hino. Em uníssono, o canto prova o ponto crucial do músico e deste post: a música do Bob Marley entrou para a eternidade, pois sequer os instrumentos são necessários para manter a força dos versos desse ícone jamaicano. Fantástico!

4: Annie Lenox – Waiting In Vain

Toda a melancolia da letra perpassa (ou é perpassada por) a voz inconfundível desta musa do pop dos anos 80/90. A aceitação da espera pela correspondência amorosa, a necessidade de aceitação daquele de quem gostamos… está tudo aqui, com uma batida pop, diferente, mas é de sentimentos que estamos falando, certo? Alegre

3: Chris Cornell – Redemption Song

A voz forte e característica que marcou o som das bandas em que passou – Audioslave, Soundgarden, Temple of the Dog – adaptou o clássico em uma versão potente acústica: a batida pontua a força dos versos entoados pela sua voz. É quase de chorar a força lírica que sua voz embasa nos versos do refrão:

Won't you help to sing
These songs of freedom? -
'Cause all I ever have:
Redemption songs;

2: Gilberto Gil – No Woman No Cry

Fruto de discussões coléricas acerca da apropriação artística ao se fazer uma cover, é impossível negar o sucesso que fez esta adaptação de Gilberto Gil à sua musicalidade. Independente se você gosta do produto final ou não, ele fez a versão à sua maneira: entrou no reggae e o refez, reinventou, remodelou de dentro pra fora, no melhor estilo antropofágico-brasileiro. A entrada e saída linguística é um recurso poderosíssimo na arte: mesclar duas unidades em uma só, unificar, criar um todo jamais homogêneo porém parecido, próximo. A letra nova e a letra antiga formam uma mesma letra no contínuo que é a música: e espero que esse diálogo não acabe jamais, dando mais e melhores frutos.

1: Eric Clapton – I Shot The Sheriff

Embora eu não goste tanto da forma como a versão em estúdio foi concretizada, impossível desgostar desta reprodução live. Eric Clapton foi um dos que primeiro deram crédito a Bob Marley, coverizando na década de 70, este clássico. Desde então, a versão mesclou-se a ele e, assim como o vinho, foi sendo encorpada, aveludada, enfim, tornou-se maior e melhor. Neste vídeo, de 2010, percebe-se o que 30 anos de prática, quase, fazem com uma música. Palmas ao Clapton! Alegre

Comentários
0 Comentários
Related Posts with Thumbnails